terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Que ilusão realista

Hey, tu aí, com os cabelos escuros e pele pálida, em que estado te encontras? Que poderoso olhar é esse que me deixa a imaginar o paraíso? É a tua perfeição a tocar suavemente no meu rosto ou será apenas a ilusão que vive em mim? São respostas sem serem respostas realmente. São respostas nulas, são perguntas infinitas por defeito, são palavras imaginadas, são falsidades ilustradas. São as tuas mãos divinas, os teus dedos de Rainha, frágeis como um pequeno colar de vidro à volta do teu magnifico pescoço, esses provedores de sensibilidade que percorrem a minha coluna sem qualquer tipo de cuidado. Que peso escaldante, este, no meu corpo, estarei eu no sonho mais invejável de todos, de sempre? Será possível que este sonho seja mais quente e arrepiante que o próprio inferno em que a minha miserável vida se tornou?
Quem me dera que o seu coração estivesse igualmente a ferver em conjunto com o meu, que a cada dia que passa, está mais frio e silenciosamente moribundo. Acreditei mesmo, com todas as forças, na maior ilusão da vida: a felicidade;
É possível que a minha mente mereça ser castigada, mas por vezes penso que a dor física seria mais fácil, mais adequada de aguentar, de suportar, embora eu saiba que estes pensamentos não deixarão o meu coração sem antes magoar a minha própria salvação. A única salvação, a única e impossível liberdade, a liberdade seguida desta saudade que permanece neste enorme todo. Um globo mental a perecer, sem piedade, sem qualquer dúvida.
Estás viva? Se sim, grita o meu nome, grita por mim e devolvo-te a insanidade que nasceu contigo.
E a vida é nada. A vida é uma pequena e grande ilusão. Uma ilusão repleta de sentimentos confusos, de pensamentos irrelevantes e de almas amaldiçoadas.
A vida que vivo, com a pureza que me magoou, por ti, o meu coração não te deixou.
Sim, a vida é nada. Que vida inexistente. Está quebrada. Em múltiplas e microscópicas partículas, suas partes insignificantes.
E os pilares que suportam o meu corpo, a minha mente, a minha alma, o meu coração, estão prestes a cair, sem retorno, sem glória, sem provas reais que comprovariam a sua curta decência. A sua infalível confiança. Oh, que suicídio geral, que beleza mental.
Continuo sem saber verdadeiramente a razão disto tudo, deste mundo que sabe apenas descrever os indescritíveis.

4 comentários:

  1. lindo, lindo, ricardo! consegues deitar por terra todos os pensamentos que muitos não podem admitir sequer na sua mente. e quem fôr mercedor das tuas palavras apaixonadas é dotado de uma sorte inimaginável. continua!

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  2. Obrigado, obrigado e obrigado! Fico feliz por saber que tenho leitores assíduos no meu blog :)

    A única pessoa que eu desejo é a verdadeira merecedora...mas é muito duro quando somos partidos e o sentimento não é correspondido da mesma forma...

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    1. sei do que falas. mas duvido que essa pessoa seja merecedora do teu sofrimento :(

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    2. Não sei, não sei...mas talvez ela seja merecedora de tudo o que vem da minha pessoa...

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