quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Que cansaço perfeito

Estou tão cansado
Tão cansado e parado
Parado como uma rocha no solo
Este pensamento, pára por favor
Ou não pares e prova o que é a dor

Para quê o sentido, se nós próprios não conhecemos a noção
Da realidade, da falsidade, da imaginação
Porquê a morte, se a vida é morta
E nunca volta sem todos os momentos nos tocarem à porta
A insanidade que sinto dentro de mim, anseia por projectar-se e tornar-se numa revolta
Sem fim

E o sentimento é perdurante
Como o meu olhar de alucinado
Sociopata enfeitiçado
Sou horrível e cintilante
Sem asas, sem paradas, as tuas palavras são o meu estimulante
O meu erguer, o meu cansaço, a minha ternura relevante
Serei passado magoado, serei futuro perfurado
Dai-me as tuas mãos e retira-me o sabor amaldiçoado

Novamente cansado, outrora
Fora à guerra com um coração blindado
Perdi as minhas pegadas
E não sei o que valho
Que traço profundo no meu olhar ambicionado
Serei eu um alvo do presente aperfeiçoado?
Um terror do que me deixa assim
Com um desejo do teu beijo
Que visão, que eu prevejo, que proveito
Tudo isto, que perfeito

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