sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Amor...o que é?

Sim. O que é esta palavra utilizada com preconceito, sem sentimento, a cada segundo da nossa vida? Sem ternura na sua ponta, sem paixão e sem valor em si? Porquê? Porque teimam em imaginar algo inimaginável? Não estão saturados de sofrer sem realmente saber a razão do nosso próprio ser? Que ironia que nós vivemos. Que maldade nos atormenta com sabor e prazer. Que solidão, que impureza coberta por medíocres mentalidades! Raiva, possuído por raiva, eu estou! Eu estou possuído sem estar obcecado, estou obcecado sem ser infeliz, sou feliz sem ser feliz. Sou alegre por ninguém. Estou eternamente em baixo por mim. E não por ti. E volto a dizer, o amor. O amor é uma complexidade infeliz de amamentação de ilusões, que ao chegar ao fim, a sua essência ilusionista perde qualquer valor implementado. Sim, implementado, imaginado, perfeito e incompleto. Incompleto sem nada. Incompleto por nada. Incompleto neste mundo inverso.
Ó, sua indesejável mágoa, porque não paras para reflectires sobre a individualidade que causas a cada ser humano, quando o seu amor não é emocionalmente devolvido como pretendido? Está bem. Vou parar de me queixar. Vou parar de me imaginar nos teus braços. Vou parar de sonhar contigo. Vou parar de te desejar nos meus lábios secos e sem sabor. Vou parar tudo e começar nada. Vou seguir as pisadas de um mero caminhante, que outrora foi algo simbolizante. Quem? Não sei. Mas vou. Vou por mim. Vou por ti. Vou assim, sozinho e perfurador. Vou, assim, perdido nos meus desejos impossíveis, de te ter comigo, de te tocar e o meu coração alojar no teu peito. Irei, sem ti, perder-me.
E no final do dia, o amor apenas magoa e o nosso globo torna-se tão frio, que apenas conseguimos projectar frieza para quem se preocupa connosco. Ou seja, ninguém sofre com a minha frieza. Ninguém se preocupa.
Adeus, mágoa. Adeus, felicidade. Adeus, tudo. Adeus, eu.

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