quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Chuva que ferve

Para quê ausentar a nossa mente se o coração pretende amar sem qualquer dúvida? Será o nosso pensamento mais relevante que o dito sentimento? E se assim for, que possibilidades tenho eu de ser amado eternamente? Tenho conhecimento do perfurante julgamento que nos fazem por desejar uma vida cheia de amor, de amizade e de sucesso. Mas, poderei eu ser realmente julgado se quero apenas viver no silêncio da alma, sem perturbações, em paz? Não. No entanto, somos atacados por violentos assassinos de mentes idealistas, de mentes personalizadas.
Porquê tantas perguntas num mundo, ironicamente, pequeno? São raras as questões da vida, que conseguem associar respostas coerentes à sua essência, tal como nós não desejamos associar a tristeza ao pensamento acompanhado de sentimentos, sem sairmos magoados.
Existe ainda quem se questione qual a razão da minha revolta perante a ridícula ignorância dos escravos desta falsa sociedade. Que posso eu dizer para vos satisfazer? Permanecer? Desaparecer?
Todos nós somos julgados, magoados e amados. Outros julgam, outros silenciam. Eu prefiro perder-me no teu silêncio, no ocidente onde o teu coração paira, apaixonado...por ti.
Durante as noites escaldantes, a chuva pode refrescar os nossos cabelos, mas nada mais ferve como as palmas das tuas mãos a massajarem-me o rosto, sem acidez.

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