quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Completo Imperfeito

Na inocência do Inferno, dominara seus servos com a chama do Sol. Quebrou o gelo, transformou as águas frias em escaldante lava e equilibrou a sua força ao sabor da vitória original no seu pensamento. Temia os mais próximos enquanto venerava os seus alvos. O paraíso tornou-se a sua nova casa, o seu novo lar onde decidira terminar os seus dias em angústia terminal e raiva indecente.
A guerra fora associada à morte e sobrevivência do inocente, por mais que munições sejam gastas, por mais vidas que sejam sacrificadas, haverá sempre o único factor materializante: preciosos materiais superiores ao Ser Humano. É triste. Que podemos nós fazer? Que posso eu fazer? Serei eu suficiente para a pessoa que amo? Estará a minha mente em perigo de mentalizar sabiamente? Sinto algo, não é necessariamente perigo, mas um aperto nas minhas veias revela-se cada vez mais rápido, propaga-se diante os ferozes batimentos do meu coração ardente, a sua penetração nos corpos abandonados torna-se mórbida, ensanguentando, assim, a sua alma. Consequente de tamanha quebra, qualquer pensamento torna-se num acto violento com desejo de magoar, de matar quem se atravessa nos seus caminhos, nos seus objectivos. Matar sem piedade. É esse o seu desejo temido por meros e ignorantes humanos.
Que revolta é esta, que eu desperto dentro de mim? Dele? Necessidade de mudar o núcleo, tentação de tocar na história, é o dever de alterar o rumo mundial, a caída universal. Mudança, boa ou má? Diria péssima, pois qualquer mudança capta o interesse de novos exploradores, de novos trabalhadores e de novos massacres. Não há nada que melhore, não há nada de nada. Tudo tem de ser terminado, tudo tem de acabar. O Mundo está morto. A morte reinará. O teu cérebro perecerá, os teus músculos quebrarão.

Sem comentários:

Enviar um comentário