sexta-feira, 18 de maio de 2012

Porque Quero

O tempo sorri-nos e o futuro espera-nos, eternos.
Dias em que acordo e os meus olhos ainda estão fechados da noite passada a ouvir a tua voz, que projeta beleza e doçura em todos os segundos da tua vida, que suspende o relógio comandante desta vida, que rouba todo o meu fôlego só de ouvir, só de ouvir o teu choro sem lágrimas...mata-me, mas cura-te. Dias que vivo com ansiedade são dias seguros, são os dias que me asseguram a tua arte. 
A arte de viver em silêncio sem perturbar o próximo, sempre na busca de algo novo, algo velho, algo onde já se notem os tecidos a desbotarem-se devido ao seu uso excessivo, ou então esses tecidos apenas estiveram preciosamente guardados num baú de simples tesouros, mas bastante valiosos.  Valiosos ao ponto de dares pulos de alegria extrema, nem que seja apenas por dois minutos, mas pulas. E sorris, e choras. E és feliz durante dois minutos.
Não seria tão bom sentir os nossos corpos frente a frente, sem se tocarem, mas apenas sentirem o calor que, eventualmente, irá pairar no ar? Como oxigénio. Como água que toca nos nossos lábios e percorre infinitamente e ironicamente, como seria de esperar. Mas o que não é nada irónico é o facto de eu te querer.
Sim, quero sentir o teu peito com os teus seios perfeitos junto ao meu, quero provar os teus ardentes lábios, quero sugar o teu pescoço, quero pegar e segurar na tua mão provocadora, quero mergulhar na tua intimidade...e quero sorrir-te com profundidade. Quero tocar no teu corpo como vieste ao mundo, a chorares mas num tom mais sensual, mais provocador, mais ofegante. O choro de uma noite, o prazer de uma manhã e o amor de duas vidas.
Abraçar-te sozinha e sem roupas, beijar-te enquanto fechas os teus olhos e matar-te enquanto encaminho a minha bússola no teu mapa de vertigens, no teu oceano de prazeres.
Sonho contigo.
Amo contigo.
Vivo contigo.
Morro contigo.
E nada disto me parece errado!

18-05-2012

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