quinta-feira, 8 de março de 2012

Socorro, meu mundo

Não digo o quanto estou feliz nem o quanto estou triste. Não irei revelar a minha insanidade nem irei ultrapassar tudo isto. Irei, sim, magoar este mundo. Irei acordá-lo e despertá-lo para as suas responsabilidades. As suas necessidades são maiores que nunca. São tudo para que se forme nada nem ninguém.
O poder que possuo nas minhas mãos talvez nem seja nenhum, no entanto a palma da mão é o centro da vida. É onde recordamos o passado, onde visualizamos o presente e é, também como ilusionistas que somos, onde tentamos presenciar o futuro. Porque apenas desejamos que o nosso futuro seja perfeito e magnífico, algo que o passado nunca é. Sim, nunca. Sejamos realistas, o mundo está partido. As memórias estão traídas, as palavras são retraídas, as vozes são irreais e as ações são falsas. Os heróis...esses são idolatrados no silêncio da noite.
As estradas estão vazias, a noite está cerrada, a luz está escassa, o mocho está desperto, os diurnos estão em hibernação, as pessoas estão sonhadores e aterrorizadas. O mundo está ao contrário e eu estou aqui, equilibrado numa corda, cuja maior segurança é no solo, quando me deparo com todos os meus pensamentos e com a minha mente a navegar pela vida inteira. Pareço um submarino no fundo do mar. Pareço um indignado a pedir socorro. Sou o meu próprio socorro a pedir indignação.

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