quinta-feira, 2 de maio de 2013

Descabido Do Olhar

Vou ser poeta como um ramo de flores
Despedaçado no chão,
E uma garrafa de vinho vazia,
Que eu nunca bebi.

Serei a doutrina que te dará muita paixão,
Serei o rasgo no teu coração,
Não me queiras,
Não me queiras, que eu não tenho solução.

Na cama em que descanso as minhas dores,
Cego-me por instantes,
E volto a acordar
Para novamente me cansar.

É ao som duma guitarra desconhecida,
Que eu penso a minha poesia;
Não me desleixem o pensamento,
Não me digam o nome do guitarrista.

«Esse olhar que era só teu»,
Morreu, e agora
É só meu...

Ricardo Rodrigues

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