quinta-feira, 27 de junho de 2013

os céus desconhecidos

sobe, sobe
até os céus te sugarem.
sobe, sobe
até os amores te matarem.

deixa-te levar através dos sentidos naturais,
num sonho turbulento em plena praça silenciosa,
os selvagens são teus amigos,
as florestas são a tua alma;

falem-me de sonhos espirituais,
pensem comigo através das minhas vozes individuais,
nós queremos tudo,
nós merecemos o mundo,
designado para morrer.

quero-te dentro das minhas visões,
até ao fim das mais longas viagens,
onde as noites deixam de nos perturbar,
e as manhãs já não nos pertencem,
os dias são longos,
a música perdura até ao último momento.

onde está a droga da minha alma?
onde estão as pessoas do outro lado?
preciso dos seus corpos,
preciso dos seus génios,
quero que me completem diariamente.

subo até os céus me sugarem,
até os amores me matarem,
e eu desaparecer na dimensão desconhecida
que sempre desejei entrar.

Ricardo Rodrigues

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