sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

As manhãs dos dias

Todos os dias me parecem ser sinais mortos de que estou vivo,
Mas não tão vivo como quereria estar,
Ou tão morto como deveria estar.
Não sou cego por opção,
Sou apenas eu, por obra da minha pobre devoção,
Sou apenas eu, na natureza,
E na antiguidade da minha alma de lunático.

As manhãs são minhas amigas como são minhas inimigas,
Delas trato eu.
Mas o bom das manhãs não é o facto de ser cedo,
Sim, porque «ninguém» gosta do que é cedo,
Ou do que é tarde, se quereis assim:
É, então, o intermédio da solução,
É o artista que sonha mas não falece,
É o sono que não perturba o sonhador,
E é, então, o mais simples da imaginação.

16-02-2013

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