terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Iluminação no fundo

Tem que haver algo que seja suficientemente estimulante para cada mente desprotegida e ocultada que procura a perfeição onde apenas a realidade é a personagem principal. Algo possível. Um rastilho que ligue os pensamentos aos sentimentos, que faça a conexão entre a perdição e a paixão, como o oxigénio que delimita todos os passos de cada pessoa.
As ruas enfrentam a chuva da vida, todos nós passamos pelo menos por uma rua todos os dias. Outros não se limitam a passar por elas, como vivem nelas. São ruas que descrevem a vida de um Ser Humano, a tristeza ou a felicidade de uma criança, a deterioração da Terra.
O Mundo está cada vez mais aberto, mas ao mesmo tempo nota-se demasiado fechado. Talvez não seja o Mundo em si, mas sim quem o habita. São ideias, são pensamentos, são instrumentos de aprendizagem lançados na atmosfera, são pegadas deixadas em todos os caminhos que já admiraram, viveram e que morreram.
Ao ritmo que cada palavra é exposta, à medida do tempo em que eu transformo cada pensamento em letras, milhões de pessoas já morreram e continuam a morrer, da mesma forma que tantas ou mais continuam a nascer. Como é possível isso não afectar alguém? Cada rosto é responsável por cada linha traçada em si, e ser afectado por algo que não nos diz qualquer respeito, é a maior comédia que pode existir.
Tudo o que é proveniente de um único indivíduo, é projectado em massa até aos próximos sacrifícios.

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