segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Poema (Quase) Egocêntrico

Das noites frias às manhãs calorosas
O prazer não se ofusca
No mais profundo brilhantismo da alma
O sentido espiritualista rege em mim
As palavras rasgam o papel mais infortunado do mundo
Escrevo exactamente o que não digo
Egocentrismo é um enfeite
Um enfeite do corpo
Fixado na mente
E lentamente deixa-nos
Odiosos
Como o sol num inverno
Ou a chuva no verão
Ambos são bem-vindos
Mas que não tenham as suas manias trocadas
Como se uma árvore ficasse azul ou preta
Ou a música na minha cabeça fosse moderna
Pelo menos sei que esta é eterna
Como os sonetos de poetas antigos
E a liberdade subjectiva totalmente livre de perigos

24-12-2012

1 comentário:

  1. é tão estranho voltar a ler um destes poemas teus. lembras-me o ricardo do início do blog, está tão diferente, não necessariamente melhor ou pior, mas belo. adoro, adoro, adoro.

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