Vou ser poeta como um ramo de flores
Despedaçado no chão,
E uma garrafa de vinho vazia,
Que eu nunca bebi.
Serei a doutrina que te dará muita paixão,
Serei o rasgo no teu coração,
Não me queiras,
Não me queiras, que eu não tenho solução.
Na cama em que descanso as minhas dores,
Cego-me por instantes,
E volto a acordar
Para novamente me cansar.
É ao som duma guitarra desconhecida,
Que eu penso a minha poesia;
Não me desleixem o pensamento,
Não me digam o nome do guitarrista.
«Esse olhar que era só teu»,
Morreu, e agora
É só meu...
Ricardo Rodrigues
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