Não queiras ser eu,
Porque ser eu deixarias de ser tu,
E tu és algo que eu nunca serei:
Amável.
Não queiras. Não queiras morrer.
Não queiras ser eu e ficares despovoada na tua própria alma!
Porém, se um dia quiseres, vem comigo.
Vem comigo e povoa-me o corpo,
O espírito
E o coração,
Que eu sinto-me tão sem nada.
Somos nós num universo paralelo,
Pois eu, já aqui não estou.
E agora me vou,
Para onde o sentimento é povoado
De todas as tuas virtudes
E defeitos.
Deixa-me só.
Deixa-me contigo porque eu sinto-me só,
Tão certo que estou só como o ontem foi,
E aconteceu.
Ricardo Rodrigues
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