Enquanto lhe escrevia,
Eu tinha a tendência de assobiar,
Ao ritmo da fluência dos meus pensamentos,
E ela perguntava-me: ‘escrevias-me?
Eu pegava na folha, e sem identidade,
Escreveria o que ela desejava ler;
Por um sentimental, um selvagem inspirado,
E ela morria de tanto mistério inacabado.
É simples de escrever,
Descrever a sua arte de ser,
Mas porque se tem de explicar
A questão que se sente?
As palavras são malícia num acto,
Que me valeria ser exacto,
Se o Mundo não é abstracto?
E mais não te digo,
Já sabes o que diria,
E nada se ganhava, e nada se perdia.
Ricardo Rodrigues
31-07-2013
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