Uma inspiração das nuvens,
Ela que pairava no infinito,
No fumo se dispersava,
Como que a nada fosse mortal,
E os seus pensamentos flutuavam;
Nas dimensões de outros mundos,
No rasgão do Universo.
Olhei para ela com desejo indescritível,
E tomei-a como minha.
Mas já fora de outros...
Já fora de poetas e de loucos!
«Ninguém me fascina como eu quero,
Para, assim, ser de alguém», murmurou tal poesia,
Por meios de palavras e obras (quase) esquecidas,
Enquanto eu a escrevia e relia,
Num profundo descontentamento habitual
Pela minha, ou sua existência.
18-02-2013
Sem comentários:
Enviar um comentário